domingo, 6 de novembro de 2011

Dias tristes

Dias tristes virão

Ao mergulhar em um deserto

A paz que era a razão

Viu-se sobre um caminho incerto


Não diga que não ama mais

Na vida o que lhe vale mais

Barreiras... São pra quem não sabe amar

Não importa o que aconteça

O que me importa... Como você está?


Dias tristes virão

Ao mergulhar em um deserto

Deve haver uma razão

Por não ter você por perto


Não diga que não ama mais

Na vida o que lhe vale mais

Barreiras... São pra quem não sabe amar

Contigo eu quero estar


A vida é um lugar incomum

Onde as pessoas que nascem morrem

Herdeiros são seus pais

Herdeiros de seus pais.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mais uma vez...

Mais uma vez o vento sopra
Mais uma vez o frio cruza ruas perigosas
Mais uma vez eu explodo
Sem cuspir nada pra fora
Acho que isso que me devora
So assim para caber tanta coisa no mesmo lugar
E a chuva cai
Vermelha como um grande sonhador
Um grande elixir de casualidade
Tão profundo como um lacre após a tampa
E tão vazio como um oasis no deserto
Quatro rodas numa carcaça de metal
E sem nenhum freio
Que possa fazer isso parar
Continuar é um passo a menos para o fim
Mais é uma boa opção
Para quem não quer correr o risco
De um dia acordar e vê
No que o mundo se tornou.

sábado, 2 de julho de 2011



Amigo é aquele que te entende sem você precisar se explicar
Tolo é aquele que espera a compreenção

Qual é o sentimento que lhe falta?
E qual você possui?
A rotina é uma faca de dois gumes
Pois nunca sabemos quando sentiremos falta
Daquilo que abandonamos ao julgar conhecer o valor
A carência é efeito das coisas que ficam no caminho
Ao abandonar a infância
E a infância é quando somos completos
Antes de começar a ser devorado pela vida.

quarta-feira, 22 de junho de 2011




O mundo dá voltas
Em correntezas turbulentas

E água baixa
Que os pés não podem alcançar


Se o céu fosse o limite
Eu tentaria voar
Voar até cair
E ver nascer
Flores ao mar


Se você soubesse amar
Em dias de sol
Não contaríamos palavras antes do adeus.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Caminho de pedra





Caminhos de pedras e grandes histórias
São lembradas
Tocam a vida de superfícies insatisfeitas
E curvas que não se pode ver


Somos trilhos
Para a magnífica carruagem da vida
Máquina parida sem freio
E seu orgulho impede de aprender a evitar a dor

Trem submerso por corações
Se escondendo de olhares
Nadando em rios de lágrimas
Depois de se afogar.

sábado, 18 de junho de 2011

Contra golpe da maldade



Que agarra a todos com seus braços de fogo
e os encaminha para a morte

agilizando o ciclo da vida
para um dia de folhas secas
cinza como o amargo gosto do sol
em meu paladar
como a nevoa da noite


o que você fala
não é o mesmo que eu entendo
enquanto sua boca se meche
minha mente desvenda
o mistério que suas belas palavras escondem


entregamos ao mundo tudo aquilo que nos é ensinado
que por ele será aceito
aquilo que não permite
que levemos um contra golpe da maldade
as impurezas são lentamente descartadas
por sorrisos falsos
e um olhar perdido no horizonte.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Chão de pedra





Esperar algo de alguém
É como semear pétalas ao fogo
Se aprofundar nas graças de um profundo pântano de prazer
E da loucura dos outros
Palavras dançam aos meus olhos 
Assim como nossas promessas
Que deslumbram a quem vê


Vela que se consome por luz
Nas graças do fogo.